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quinta-feira, 28 de julho de 2011

A Luta em frente ao espelho

Um ano sem escrever. Da última vez, havia decidido postar algo todos os dias, mas fracassei miseravelmente. E qual importância tem isso, vocês devem se perguntar?
Bem, para mim, muita. Primeiro porque esse é um ciclo que se repetiu por muito tempo em minha vida, e segundo porque eu adoro escrever. É a coisa que mais me satisfaz na vida. Poder escrever, me expressar em palavras. Não importa quem vai ou não ler, apenas escrever.
Foram anos lendo, e ensaiando escritos. Não que eu seja um expert em gramática portuguesa, pelo contrário, eu não suporto aulas de português. No sentido técnico da palavra. Confio num bom dicionário ao meu lado e, eventualmente, no google.
Pois bem, estou aqui hoje para falar a respeito de duas coisas importantes em minha vida.

O instinto e a razão.

Arte de horiyoshi





















instinto
[Do lat. instinctu.]
Substantivo masculino.

1.
Fator inato do comportamento dos animais, variável segundo a espécie, e que se caracteriza, em determinadas condições, por atividades elementares e automáticas:
o instinto migratório de certas aves; o instinto de sucção dos mamíferos.

2.
Forças de origem biológica inerentes ao homem e aos animais superiores, e que atuam, em geral, de modo inconsciente, mas com finalidade precisa, e independentemente de qualquer aprendizado:
instinto gregário; instinto sexual; instinto maternal.

3.
Tendência natural; aptidão inata.
Possui instinto musical;

É conciliador por instinto.

4.
Impulso espontâneo e alheio à razão; intuição:
Escolheu, por instinto, a pessoa indicada para o cargo; Seu instinto
o levou a cancelar a viagem.


***

razão (resumido)
[Do lat. ratione.]
Substantivo feminino.

1.
Faculdade que tem o ser humano de avaliar, julgar, ponderar idéias universais; raciocínio, juízo.
2.
Faculdade que tem o homem de estabelecer relações lógicas, de conhecer, de compreender, de raciocinar; raciocínio, inteligência.
3.
Bom senso; juízo; prudência:
A razão nos obriga a ser cautelosos.

Nós, pessoas, vivemos em um conflito eterno entre essas duas verdades. O instinto primitivo, e a necessidade de civilidade e sociedade. As sociedades humanas obrigam as pessoas a seguir a razão, ditada, via de regra, para manter-nos sob um controle pré-determinado. O desequilíbrio gerado em uma pessoa que não consegue conciliar razão e instinto (emoção), é várias vezes catastrófico. Essa inteligência emocional que nos rege silenciosamente é um fator importante, e que dentro de mim vive em constante conflito com a razão.

Minha alma pertence a um Tigre e a um Samurai, lutando pelo poder. Eles vêm rolando colina abaixo anos a fio, degladiando-se e tentando provar sua verdade. Percebo que às vezes, se você fechar os olhos e se entregar ao domínio do Tigre, ele guia você com confiança, baseado em seus sentidos aguçados. As coisas mais interessantes e de beleza natural, são realizadas pelo Tigre. Mas é muito difícil entregar o poder a ele, pois você nunca sabe se vai conseguir retomar o controle.
Por vezes, o Samurai assume o comando, e adormece o Tigre. O Samurai pensa cada ato, e usa de sua técnica milimétrica para realizar seus intentos no ego. E é tão difícil de domar quanto o Tigre sedento.

Seu cérebro diz uma coisa, e seu coração contradiz. E isso jamais pode acontecer. Descobri que há chance de paz entre eles. Se o Samurai seguir o faro e astúcia do Tigre, eles podem trabalhar juntos e alcançar feitos incríveis. Quando o cérebro conscientemente incentiva seu coração, não há como você sentir-se mal. É aquela sensação de bem estar, de paz interior que todos deveriam estar buscando, acima de qualquer outra coisa. Pois isso se reflete em suas atitudes com os outros, em querer bem ao próximo, em ter pensamentos positivos a respeito da sua vida nesse pedaço de Terra, de maneira que você não invada o espaço do outro, exceto para fazer-lhe bem.
Acho que todos devemos manter o samurai no controle, mas sempre prestando atenção nos instintos naturais do tigre que vigia e protege o ser humano de virar uma máquina fria, num futuro não muito distante.