quarta-feira, 9 de junho de 2010

Verdades Absolutas - Parte 1 de 365

Dizem que depois dos trinta anos, é muito difícil você moldar sua própria personalidade. Não sei de onde tiraram essa conclusão, mas eu resolvi acreditar parcialmente nela. Mesmo porque, tento me habituar a não crer em verdades absolutas. Murphy tá aí todo dia pra nos lembrar que as regras existem para serem quebradas, quase sempre.

Sendo assim me restam 355 dias para mudar os aspectos da minha personalidade que não me agradam. Pra começar, minha péssima memória vai me atrapalhar. Não que isso seja diretamente um fator da minha personalidade, uma vez que pode ser stress ou problemas psiquiátricos ou neurológicos, mas de certa forma essa memória fraca influencia na minha relação com a sociedade e nas minhas convicções, alterando padrões da minha personalidade, sob o ponto de vista externo (das outras pessoas).
Exemplo: Ontem, dia 08/06/2010, decidi fazer um regime vegetariano. Não que eu não goste de carne, mas aí vi um banner de propaganda vegetariana (segue abaixo), e refleti um pouco sobre o assunto.


A questão é bem complicada porque eu não como cachorros. Mas existem culturas nesse mundo que comem, e pra eles é natural. E como não somos a cultura “correta” (ao meu ver cada povo, cada sociedade, possui um desenvolvimento diferente), então cachorros e galinhas são da mesma natureza.

Voltando ao assunto principal, que era a minha memória, acordei ontem e depois de umas propagandas vegetarianas decidi levar meu dia dessa maneira. No almoço e durante a tarde evitei qualquer tipo de carnes, optando por legumes, verduras, cereais, queijo, frutas, etc. Estava tudo indo muito bem quando cheguei em casa e tinha uma LASANHA prontinha, me esperando, com presunto dentro (porco fatiado). É nesse preciso momento, quando meus olhos entram em contato com a bela massa pronta, inundada por um molho de tomate muito convidativo (sangue?), é nesse preciso instante que minha memória se apaga. Esqueci do regime vegetariano, do porco que morreu, do molho que parecia sangue sobre a “vítima” e em uns três bocados acabei com ela. Depois, a memória voltou.
Fui dormir, não com peso na consciência propriamente dito, mas pretendendo ser mais atencioso e ter mais força de vontade no dia de hoje, se quisesse continuar com a experiência de evitar os animais mortos na minha alimentação.

Acordei com uma puta vontade de comer picanha.

E aqui voltamos a falar dos 355 dias que me restam para moldar minha personalidade, para domar meu ego e os duzentos “gugas” que existem dentro de mim, e guerreiam para tomar o controle. Citei esse episódio de lapso de memória pois, quando durmo, acordo igual um zumbi no dia seguinte. Tipo, na primeira hora acordado não sei nem soletrar meu nome, faço as coisas por instinto. Banho, trocar de roupa, etc. Nenhuma das resoluções do dia anterior são lembradas, até que postas a prova. As vezes nem assim.
Então (alguém me disse uma vez: “nunca comece um parágrafo com ‘então’”), vou usar meu blog para ilustrar algumas reflexões sobre essas mudanças na personalidade humana, não necessariamente ligadas a minha pessoa.

Como eu estou trabalhando e perdi completamente minha linha de raciocínio aqui, depois eu volto e escrevo mais.