terça-feira, 29 de novembro de 2011

Verdades Relativas e as Mentes subjetivas



Chega um momento na vida das pessoas (que começo clichê) em que algo definitivamente se rompe na frágil mente humana. Devido a uma serie de fatores, a não ser que você sempre busque uma overdose de realidade, constante, guiando você, algo começa a mudar a direção das coisas.
Pode ser a sua criação, pode ser o modo como você aprendeu as coisas na escola. Pode ter sido um professor mais rígido ou particularmente hipnotizante. Pode ter sido seus pais que deram a você o modo de ver as coisas hoje; ou você pode ter sido criado em um orfanato por freiras devotas a Deus e aos costumes católicos. Ou como Dexter, você foi um fodido. Indiferentemente a isso, tudo o que está guiando você para a decisão que você vai tomar (ou acabou de tomar), são baseadas nessas marcas e aprendizados que você trouxe durante toda a sua vida, balanceados pelo bom senso que existe em você, inerente à sua alma. Algo que ninguém te ensinou, que você não captou do meio exterior. Algo que define exatamente quem é você, e o porque de acabar agindo da maneira como age.

O conflito existente entre as coisas que as pessoas, baseadas em seu próprio bom senso, ensinaram (ou gravaram a ferro) a você, e esse seu eu que é infinitamente mais antigo que esse aprendizado externo, é a essência de tudo com que lidamos, aceitamos ou combatemos durante toda a nossa vida. E é quando você começa a confrontar as verdades que jogaram na sua cara, meus caros, que o conflito se faz presente.

Esse conflito pode durar sua vida inteira. Ele não tem hora para começar, mas acredite, ele vai começar alguma hora, em todas as pessoas. Chega um determinado momento em que seu ego, sua alma, seu jeito de ver as coisas, começam a se sobrepor e eventualmente confrontar o que todas as pessoas a sua volta disseram. Algumas vezes, você pode concordar; outras, você vai discordar. E assim, a verdade se prova sempre relativa, subjetiva, baseada nos anos vividos por cada pessoa, em cada dificuldade encontrada e em cada obstáculo superado. Ou seja, a verdade de uns, pode não ser a verdade para outros.

Eu descobri também que se você aceitar a verdade das pessoas sem questionar, você é um completo imbecil. Não sei o motivo, mas com certeza suas chances de não sofrer ou não tomar caminhos errados na vida são muito pequenas. Todos tomamos caminhos errados e sofremos, mas você, será um recordista.

Também não estou falando para que você, desconfiado que é, trate as pessoas como mentirosos enganadores. Mas parar pra pensar, respirar e analisar a coisa com a cabeça fria, ajuda a evitar muitos males, para todos os lados envolvidos. Comparar o que você acha de tal situação com aquela opinião que foi proposta, ajuda você a ter uma visão mais clara e objetiva daquilo. Em certos casos, você pode evitar muito sofrimento, para você, e para os outros.

Acredite nas suas verdades, naquelas que vêm de dentro da sua alma. Aquelas que não te fazem o coração doer, ao contrário, prestando atenção nele, você percebe que “ele” se sente bem. Essa sensação indica provavelmente que isso condiz com o que o seu eu mais antigo, antes dessas opiniões do mundo externo transformarem você num compartimento de lixo, está concordando com sua opinião. Assim, você vai sofrer menos, viver mais, e terá mais bom senso para lidar com as pessoas e com as situações.

Agora, uma exceção: se você acreditar em seu coração, na sua alma, e depois descobrir que estava redondamente enganado, não se preocupe. Você é um azarado, mas seu cérebro vai impedir que seu coração fique muito machucado. Chega uma hora em que a dor pode ser insuportável, e sua cabeça começa a tomar o controle para te trazer de volta para a luz. Isso acontece as vezes, porque, no fim das contas, sua alma sabe apenas o que é bom para você, e não para as pessoas a sua volta.

Um comentário:

Diabolus ex Machina disse...

Acreditar cegamente nas próprias mentiras, em vez das dos outros. Isso também tem um outro nome: Fraqueza.